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O que são arquétipos e como usa-los


Os arquétipos estão por toda parte, guiando, inspirando, possuindo, governando e vivendo através de nós todos os dias. Os arquétipos influenciam 99% do comportamento humano.

Não é uma questão de saber se os arquétipos estão influenciando seu comportamento; e sim o quanto estão influenciando.

Quanto mais você estiver ciente dos arquétipos operando dentro de você, isso será um indicador do seu nível de consciência. Com maior autoconsciência, você é capaz de navegar habilmente pela paisagem emocional dos arquétipos.

O que é um Arquétipo?

Pelo dicionário, arquétipo significa:

1. Tipo primitivo ou ideal;

2. Protótipos;

3. Modelo.

Sua etimologia vem do Grego: arkhétypon.

Resumindo: Os arquétipos são as ideias primordiais do universo.

Platão referiu-se aos arquétipos como Formas, que ele via como modelos ou projetos ideais pré-existentes.

Carl Jung chamou de “imagens primordiais” e as “unidades fundamentais da mente humana”.

Cada personagem que você vê na televisão e nos filmes representa um arquétipo.

Praticamente toda resposta que você dá ao seu ambiente - a maneira como você se comporta - também é uma expressão de um arquétipo.

Quase todo comportamento humano é guiado por arquétipos.

“Arquétipos”, Jung escreveu em A Estrutura e a Dinâmica da Psique, “são o sistema vivo de reações e aptidões que determinam a vida do indivíduo de maneiras invisíveis.”

Em outras palavras. toda vez que um arquétipo é usado por uma determinada pessoa, resultará na produção de neurotransmissores que estão vinculados a esse arquétipo.

Um exemplo muito utilizado no mundo dos arquétipos é o arquétipo da Águia. Esse arquétipo, quando é usado, resulta na produção do neurotransmissor dopamina.

Por sua vez, a dopamina deixa a pessoa mais confiante, com mais energia, com mais autoestima e com mais foco em obter resultados.

Por isso, presidentes, grandes potências mundial e líderes usam o arquétipo da águia em suas bandeiras e logotipos.

Os Tipos de arquétipos

Para você compreender melhor a utilização dos arquétipos, vamos separá-los em dois tipos:

Arquétipos positivos: Os arquétipos positivos produzem neurotransmissores positivos no cérebro como a dopamina, serotonina, endorfina, oxitocina e entre outros. A liberação desses neurotransmissores deixa a pessoa mais feliz, alegre, poderosa, calma e entre outras reações positivas. Exemplos: Águia(poder, liberdade), Arvore(crescimento), Carro(sexualidade, poder), Coruja(conhecimento, sabedoria), Balança(equilíbrio), Borboleta(mudança, transmutação), Cachorro(amizade, lealdade), Cavalo(decisão, independência), Espada(força e coragem), Flores(harmonia, sucesso, paz), Gatos(autoestima, independência), Golfinhos(inteligência, alegria), Tigre(força, ação), etc.

Arquétipos negativos: prejudicam a produção dos neurotransmissores positivos no cérebro. Alguns desses arquétipos são Elefante(peso excessivo), Formiga(trabalha demais), Galinha(procria sem parar), Macaco(fala demais, roubo), Papagaio(imitador), Pato(ser passado para traz), Rato(doença, mal, ladrão, é um dos piores símbolos), Tartaruga(excessiva lentidão), Vaca(animal de corte, sacrifício).

A lista de arquétipos são infinitas e não seria possível falar de todos em um único artigo. Por isso, fique atento aos símbolos que você costuma ver na sua casa, na televisão ou entre outros ambientes que você frequenta, pois eles estão influenciando as suas emoções, seus comportamentos e resultados.

Como Usar um Arquétipo

Os arquétipos são ferramentas poderosas que auxiliam, primeiramente, a compreender melhor de onde surge a construção da personalidade humana e, posteriormente, como transmitir uma determinada emoção inconscientemente.

O tempo todo, somos completamente bombardeados por símbolos que se baseam em arquétipos. Esses arquétipos só existem pois eles são eficaz em nos ensinar algo ou em nos fazer sentir de uma maneira que noas ajuda a nos conhecermos melhor. 

Com a ajuda dos arquétipos, somos capazes de direcionar uma narrativa, história, campanha de marketing, filme, comercial, vender qualquer coisa diretamente para quem queremos, conquistando as pessoas por meio delas. 

Para usar um arquétipo precisamos conhecê-lo a fundo e entender como ele se apresenta. Depois, faça uma reflexão honesta: o que você precisa ou quer neste momento da sua vida? 

Esteja consciente de que o arquétipo tem o poder de provocar uma emoção em você, mas quem irá realizar a transformação é você mesmo pela vontade e intencionalidade, pelas ações e pela aceitação do caminho.

Depois de descobrir quais são os arquétipos de personalidade que explicam o seu jeito de ser, você pode usar o recurso de visualizar imagens, por exemplo, em quadros, objetos de decoração, fundo de tela do celular ou computador, etc.

Outra forma de ativar arquétipos é através de Biokinesis. As Biokinesis são áudios que possuem afirmações subliminares que estimulam a nossa mente subconsciente para a conexão e a ativação dos arquétipos. Podem ser ouvidas durante o dia ou quando estiver dormindo.

Quanto mais conhecer o seu próprio arquétipo, mais fácil de cumprir, de forma satisfatória, o seu destino. Abaixo segue uma lista dos arquétipos mais conhecidos e o que cada um pode fazer:

Arquétipos Junguianos

Parece apropriado começar nossa jornada com o homem que popularizou o conceito de arquétipos.

Talvez mais do que qualquer outra pessoa, o psiquiatra Carl Jung nos forneceu um mapa da psique humana. Por meio de sua psicologia analítica, Jung classificou muitas das forças motrizes que dominam o comportamento humano.

Aqui estão os arquétipos junguianos primários, todos os quais Jung aborda em Arquétipos e o Inconsciente Coletivo:

O Self - O Self é um arquétipo que representa a inconsciência e a consciência unificadas de um indivíduo. A criação do self ocorre por meio de um processo conhecido como individuação, no qual os vários aspectos da personalidade são integrados. Jung sugeriu que havia dois centros diferentes de personalidade: O Ego constitui o centro da consciência, mas é o Self que está no centro da personalidade. A personalidade abrange não apenas a consciência, mas também o ego e a mente inconsciente.

A Anima/O Animus - Segundo Jung, o animus representa o aspecto masculino nas mulheres, enquanto a anima representa o aspecto feminino nos homens. Essas imagens arquetípicas são baseadas tanto no que se encontra no inconsciente coletivo quanto no pessoal. O inconsciente coletivo pode conter noções sobre como as mulheres devem se comportar, enquanto experiências pessoais com esposas, namoradas, irmãs e mães contribuem para imagens mais pessoais das mulheres. Em muitas culturas, no entanto, homens e mulheres são encorajados a adotar papéis de gênero tradicionais e muitas vezes rígidos. Jung sugeriu que esse desencorajamento de homens explorarem seus aspectos femininos e mulheres explorarem seus aspectos masculinos servia para minar o desenvolvimento psicológico.

A Sombra - A sombra é um arquétipo que consiste nos instintos sexuais e de vida. A sombra existe como parte da mente inconsciente e é composta de ideias reprimidas, fraquezas, desejos, instintos e deficiências. Esse arquétipo é frequentemente descrito como o lado mais sombrio da psique, representando a selvageria, o caos e o desconhecido. Essas disposições latentes estão presentes em todos nós, acreditava Jung, embora as pessoas às vezes neguem esse elemento de sua própria psique e, em vez disso, o projetem nos outros.

A Persona - A persona é como nos apresentamos ao mundo. A persona representa todas as diferentes máscaras sociais que usamos entre vários grupos e situações. Ela age para proteger o ego de imagens negativas. O arquétipo da persona permite que as pessoas se adaptem ao mundo ao seu redor e se encaixem na sociedade em que vivem. No entanto, tornar-se muito identificado com esse arquétipo pode levar as pessoas a perder de vista seu verdadeiro eu.

Pai - Representa poder e autoridade

Mãe - Conforto e nutrição

Velho Sábio - Sabedoria e inteligência

Criança - Inocência e renascimento

Malandro - Mentira e encrencas

Os 12 Arquétipos de Jung

O Governante - O Governante procura impor ordem ao mundo. Eles buscam rigidez e responsabilidade para ter controle total de suas vidas e ditar o que deve - não poderia - ser feito. A estrutura, na mente do Governante, cria a porta de entrada para a produtividade.

O Criador/artista - A qualquer momento, o Criador tem uma infinidade de projetos em andamento. Seja para liberar o estresse ou despertar um senso de significado, o trabalho é a força vital deles. O Criador visa aceitar totalmente e canalizar seu eu autêntico para o mundo externo.

O Sábio - Onde há compreensão, há paz. O Sábio valoriza o conhecimento e a sabedoria acima de tudo e fará de tudo para colocar as mãos em livros, experiências e relatos detalhados de eventos passados, a fim de realmente entender o mundo.

O Inocente - De olhos arregalados e excessivamente confiantes, o Inocente se deleita com o esquecimento de ameaças potenciais para viver em sua utopia imaginada. Eles são propensos a se entregar a comportamentos gulosos para se distrair ainda mais dos perigos do mundo.

O Explorador - O Explorador busca uma fuga para se concentrar na próxima aventura. Embora egocêntrico por natureza, o Explorador adquire conhecimento e compreensão a partir de suas experiências pessoais e autonomia corajosa. Sua definição de sucesso pode ser definida como: “Eu fiz isso sozinho”.

O Rebelde - As regras são feitas para serem quebradas? Não necessariamente, a menos que seja necessário. O rebelde procura destruir e reinventar a roda das leis que eles pessoalmente consideram impróprias. Isso geralmente resulta em caos, engano e confusão para atingir seus objetivos para um futuro melhor.

O Herói - O Herói busca lutar pela justiça e pelo bem maior, por mais que o “bem” seja definido em suas mentes. Através de sua conquista e jornada, eles encontrarão muitos obstáculos que testarão seu verdadeiro caráter. O Herói é focado no objetivo e pode desenvolver um complexo de salvador.

O Mago - Como um alquimista emocional, o Mago preenche seu cérebro com táticas e estratégias psicológicas para conquistar amigos e, por fim, influenciar as pessoas. Eles gostam de ter vantagem com seu carisma e língua afiada.

O Bobo da Corte - O bobo é essencialmente um hedonista descarado e descarado que planeja brincadeiras bobas simplesmente por diversão. O momento é o mais importante - o passado e o futuro são ilusões metidas que consomem a alegria. Mesmo nas situações mais terríveis, o Jester sempre encontra uma maneira de contar uma piada.

O Homem Comum - O homem comum fará tudo o que estiver ao seu alcance para se enquadrar e se sentir seguro na sociedade. Eles valorizam tradição, lealdade e segurança. Quando eles se destacam involuntariamente como um peixe fora d'água, podem desenvolver comportamentos ansiosos e compulsivos.

O Amante - O que há para viver sem paixão e romance? O Amante procura acender e alimentar as chamas da luxúria para buscar uma euforia emocional após a euforia. Embora inicialmente enérgicos, suas lutas com a verdadeira intimidade podem, em última instância, cercá-los em aventuras de curta duração.

O Cuidador - O Cuidador vê o altruísmo e o auto-sacrifício como os pináculos da manutenção da estrutura social. Eles são altruístas e generosos em suas ações e desejam tornar seus entes queridos realizados e felizes por meio de seu cuidado e dedicação eternos.

Arquétipos femininos 

Nefertiti – A mais bela chegou, seu nome fez jus à sua história. Foi a única rainha a elevar-se ao estatuto de faraó ao lado de Akenaton. Representa inteligência, beleza e liderança. Nefertiti reúne em si as duas forças em equilíbrio: a masculina (comandava muito bem) e a feminina (companheira fiel);

Cleópatra – Estrategista, sedutora e muito forte politicamente. Essa rainha governou por muitos anos tendo como ponto forte a autoconfiança e o poder de sedução, sem possuir grande beleza para a época. Inspira a riqueza e a usar o poder pessoal;

Atena – Deusa da sabedoria, das artes e da guerra, caráter estratégico e minucioso. Inspira o empreendedorismo e a persistência. Inteligente e corajosa;

Afrodite – Deusa da beleza. O encanto e a sedução atraem o olhar de todos. Energiza as pessoas pela presença, é dona de si e escolhe as suas companhias. Empoderamento.

Arquétipos masculinos 

Zeus – O pai de todos os Deuses. Inspira a autoconfiança e a busca pelo poder, o patriarca, chefe de família. É o macho alfa, pode ser sedutor. Deus do Trovão;

Apolo – O Deus sol, que brilha e é justo, tolerante e corajoso. Inspira a ter disciplina e cuidar do corpo, a ser mais racional do que emocional. O sol clareia a visão;

Hermes – O mensageiro, extrovertido e comunicativo. Gosta da velocidade e está sempre em movimento, aproveita as oportunidades. Deus do vento;

Hades – Deus do submundo. É introvertido e voltado para as suas questões internas. Sua luta é no mundo interno, pode se tornar um homem solitário.

Arquétipos de animais

Dentro do Xamanismo os arquétipos dos animais são denominados Animais de Poder.

Isso porque acredita-se que cada pessoa possui um espírito animal protetor que a ajuda conforme os seus desafios.

O animal irá ajuda-la conforme as suas características, veja:

Cavalo – Ensina a andar em uma nova direção, novos caminhos à frente. Dominar o lado instintivo e manso dentro de cada um de nós. Impulso pessoal, vitalidade e força interior;

Coruja – Lealdade ao parceiro e proteção aos filhotes, a coruja inspira a sabedoria e benevolência. Contribui no aumento da visão para além das ilusões; ajuda a enxergar a verdade nas pessoas e situações; É o simbolo do conhecimento.

Beija-flor — O beija-flor é um dos arquétipos mais poderosos emanando o amor verdadeiro e divino, felicidade, alegria, cura e expansão. 

Águia – Visão ampliada da situação presente, o olhar sobre o grande cenário e ao mesmo tempo estimula a enxergar os detalhes necessários para atingir o objetivo. Sabedoria, visão e coragem;

Leão – O rei da selva inspira a ter autoconfiança e exercer o nosso poder pessoal. Também alerta para as possíveis ameaças externas aos seus planos. Coragem e vigilância do seu território;

Lobo – Para os índios americanos o lobo é o primeiro grande guia daqueles que decidem trilhar o caminho espiritual, um grande mestre. Audacioso, instintivo e ágil;

Borboleta – A vida da borboleta (primeiro ela rasteja como lagarta, depois se fecha na alquimia do casulo e, em seguida, a linda borboleta rompe a casca e voa alegremente), inspira a aceitar as transformações inevitáveis;

Tigre – Inspira a ouvir os instintos primitivos e agir com a agressividade necessária em cada situação. O equilíbrio entre força e inteligência. A sabedoria de seguir a intuição expressando o poder pessoal.

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Os arquétipos são responsáveis por reger e organizar o mundo, a mente e também os comportamentos dos seres, trazendo transformações reais para a nossa vida.

É importante salientar que além desses existem muitos outros e que assim como eles podem possuir muitas qualidades interessantes, também podem ser detentores de um lado sombra muito forte.

Sendo assim, o estudo assim como o entendimento vasto acerca dos arquétipos antes de decidir utilizá-los de faz de extrema importância.

Sobre o Autor:
Luciana Costa Escritora e Terapeuta holístico. A saída é para dentro.

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